domingo, 21 de dezembro de 2008

Quem conta um conto, aumenta um ponto. Parte II



A despeito da fadiga, o trabalho segue noite adentro. Ainda não há tempo para a festa. Muitos dos nossos se foram durante o dia e devem receber uma pira funerária à altura de seu valor. Quanto aos inimigos, destino pior os aguarda. Devem ter seus pés cortados, para que seus espíritos não fiquem a vagar noite adentro, sedentos por vingança de seus algozes e tampouco eles devem encontrar nossos mortos na outra margem do Rio. O trabalha com a Lua já em seu poente, a alvorada próxima. O topo da colina forneceu alojamento e a grama um belo consolo para os corpos extenuados.
O sono, ainda assim, foi pesado e tenso para muitos. Nem bem acordei e procurei o druida que nos acompanha para tratar meus ferimentos. Saliva e musgo foram a solução contra os cortes; asas de morcego e um dedo de galinha baniram os maus espíritos que pudessem tomar meu corpo pelo ferimento. Segundo o druida, anéis de guerreiro rodeiam meu futuro. Outro bom preságio.
As provisões herdadas do espólio de batalha possibilitaram um festim e tanto! Pão mofado, vinho e javali suficientes para saciar a fome e afastar o medo.
Em marcha para o norte após a refeição, encontramos um mensageiro do então derrotado reino vizinho. A rainha oferecia sua rendição completa, a ser consolidada com festividades e a mão de sua filha para nosso Líder, agora Pendragon de toda Britânia.
Apeamos nos Salões da Lua após dia e meio de marcha. O povo, contrariado, nos foi receptivo. O reino era mui bem cuidado, com ruas limpas e palha nova nos telhados. Me impressionou o quanto eram diferentes os nativos daqui. Nunca havia saído da pequena aldeia onde nasci, no sopé das Ered Luin, as montanhas azuis. Sabia pelos meus estudos que trinta dias a cavalo separavam o glaciar norte dos portos de Dorset, ao sul, mas não imaginava como poderiam diferir as feições das pessoas na Britânia. Nunca em toda minha vida vi olhos tão azuis como estes que encontrei nesta aldeia.
A festa foi digna dos Reis. Eowyn, a Estrela deste Caer, é simplesmente a definição da perfeição. Aos 14 anos não possui cicatriz alguma, seja de corte ou doença, possui todos os dentes e estes são alvos como o leite. Cabelos loiros quase brancos em longos cachos. Os olhos eram pedaços do próprio céu da manhã. Profundos e misteriosos. Tocava cítara e recitava poesias sobre a Criação dos deuses e do tempo. Digna de um Pendragon, sem sombra de dúvidas. Embora contagiado por sua beleza, meus companheiros bêbados estavam sempre ao meu lado, como na parede de escudos, fincando meus pés no chão sólido e frio. A noite se resumiu a cordeiro, cerveja quente para afastar o frio do outono, castanhas e, ao fim da noite, uns agrados feitos pelas escravas da corte.
Pela manhã soubemos que o Pendragon polidamente rejeitara o casamento, alegando que uma jóia celeste jamais seria do merecimento de um rude ceifador de vidas. Meio a contragosto a paz foi selada, porém, ao nos retirar dos Salões do Caer notei as nuvens de amargura nos olhos de Eowyn, chovendo lágrimas sobre seu pálido rosto. Será que a veria novamente?
E marchamos para casa.

(continua)

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Quem conta um conto, aumenta um ponto. Parte I

Antes de mais nada, quero esclarecer que este texto não será considerado em momento algum algo próximo de uma produção literária. Esta parte eu deixo para os Imortais. Qualquer nome ou semelhança da vida pessoal de algum possível leitor será considerado mera viagem astral do leitor, seja esta causada ou não pelo efeito de drogas pesadas. Tenho dito.

Eis que conto:




A vida é coisa engraçada mesmo. Durante toda a existência fui treinado para superar os obstáculos que esta nos impõe. Mas uma coisa sempre nos falta na dada hora.
Anos a fio de provas, preparação, dedicação. Tudo passa num piscar de olhos. Na hora chegada, só há bruma, o ar pesado e úmido, a tensão evidente no estalar dos dentes. Há dezenas, centenas de milhares na mesma situação que eu agora. A manhã é negra, embora a alvorada já tenha passado. Os pés tentam fincar-se na grama pisoteada do vale. A posição é imprópria, o novato sempre se posiciona mal, não importa o que aconteça. Novato é novato.

A frente forma-se a primeira falange. A espera é longa; longa demais. Os corvos, arautos da destruição, espreitam acima das cabeças, sedentos por carne nova. Os corvos são os verdadeiros vencedores. Sempre deleitando-se sobre os corpos dos derrotados, que jazem sobre o campo vermelho-ocre e fétido. Quanto mais se avança percebe-se a mudança do solo. Este torna-se macio, acolhedor para os pés, forma uma base firme, forjada por sangue e corpos. Nesta batalha, andar sobre os corpos dos outros é fato corriqueiro, pelo visto. Minha mão treme frente à batalha que se aproxima lenta, sombria. Ouço o ruído dos primeiros cânticos, o torpor dos veteranos para suportar os horrores que vem a seguir.

Chego enfim à posição escolhida. Nessas horas, a lança é curta e o escudo parece frágil. A espada, tão cuidadosamente afiada durante os anos de treino, é pesada e escorregadia. Numa parede de escudos ela não tem muita utilidade. O Exército inimigo se aproxima, sombrio, fazendo o chão tremer. Eles estão a Norte, a favor da colina, enquanto nós só temos o Sol como vantagem. E este está encoberto por bruma, núvens negras e corvos. No chão, um trevo com folhas ainda verdes jaz pisoteado em meio à lama ensangüentada. Parece um bom presságio.

O estômago dá voltas. Estou na segunda fileira, no flanco esquerdo da nossa parede. O que me facilita, pois sou canhoto. Depois de estudar a parede inimiga e gravar fundo na mente a imagem pintada nos escudos e bandeiras, eis que o estrondo toma conta do negro dia. A morte toma seu lugar de espectadora e contagia a todos os demais. Para um iniciante, a Desolação vira uma cena deturpante do Inferno. Rezo que a morte seja rápida e a vitória, gloriosa.

Mantemos nossa posição, escudos se chocam num grande trovão que responde à investida do inimigo. Por um breve instante tudo emudece, as pernas se dobram ao chão, frente ao choque de corpos, lanças e escudos. Faz-se um clarão rápido, um baque surdo. Neste primeiro momento não há gritos de dor, tampouco mortes. Somente a pressão de escudo contra escudo, uma confusão louca para empurrar o inimigo ladeira acima. E então, quando a Senhora Negra dá seu grito de pavor, o sangue já pode correr livre colina abaixo, para alimentar os Oceanos Vermelhos do submundo.

As mãos suadas quase perdem a lança. Reforço o aperto até as juntas dos dedos esbranquiçarem. De repente, um clangor metálico ressoa em minha direção. O instinto reage rapidamente e faz com que somente um arranhão se faça em meu rosto. Meu companheiro a frente cai, e com ele, o inimigo perde a lança. Logo depois, o instinto move meu braço a frente, enterrando minha lança na barriga do assassino. Meu companheiro está vingado e minha vida está salva. Pelo menos até o próximo tomar o lugar deste; e digo-lhes: entranhas humanas são deveras traiçoeiras. Fazem-se convidativas à ponta de nossas lanças, mas num esforço último e gorgolejante, não as soltam, como os sacos de areia da Academia. As mãos de novato abrem-se em bolhas facilmente e a madeira da lança nunca usada lança farpas em sua carne.

O restante da batalha se segue com pouca diferença. Não sinto a faca cravada em minha coxa até tropeçar sobre um inimigo morto e, por pouco não me juntar a ele, não fosse pelo meu companheiro de escudo. Retiro a faca e com ela, vem a dor lancinante. Agora, existem três irmãos de armas entre mim e a linha inimiga. Por sorte, nossa barreira de escudos permanece sólida, embora mui mais delgada. Duas fileiras jazem, alimentando os corvos. Os inimigos, antes animados ladeira abaixo, sentem as pernas cansarem e o calor do Sol, agora brilhando entre as núvens do meio dia, calcinar os elmos de metal em suas cabeças. A Morte dá risadas no topo da colina. Seus pássaros estão sendo bem alimentados hoje.

Pouco depois, volto à frente de batalha. Ao longe, percebo o vulto do Senhor Negro em seu pesado cavalo de batalha. Seu manto púrpura ensangüentado é como a noite do juízo. Ceifando os hereges do mundo. Parece ser o arauto da Senhora Negra, que ainda dá risadas na colina.
Com este descuido, quase perco meu braço direito para uma espada enferrujada, que ficou retida em meu escudo antes de quebrar-se. Nossa parede de escudos se desfez. Não porque os nossos caíram, mas porque agora os deles eram poucos e nós subíamos a montanha animados. No meio do caminho meu pé, agora descalço, prende em um elmo negro, com dois chifres de cabra protuberantes. Só agora me dei conta de que o sangue do manto do Senhor Negro não era de meus companheiros, mas seu.

Minha espada ainda conseguiu sentir o gosto do sangue de outros cinco antes do cair da noite. As pernas já não respondiam, os braços não mais brandiam sequer uma pena. Queria que tudo fosse um sonho, mas as moscas, o cheiro de sangue fresco e o grasnar dos corvos iriam atormentar meus sonhos por inúmeras noites.

(continua)

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Os Inocentes do Brasil

Os inocentes do Brasil
não viram Dario sentar;
tampouco viram o navio entrar.
Estás bem, senhor?
Trouxe bailarinas?
Trouxe imigrantes?
Dario abriu a boca, moveu os lábios,
não se ouviu resposta.
Os inocentes, definitivamente inocentes, tudo ignoram.
Dario estava morrendo - gritou a velhinha grisalha.
Mas quem pagaria a corrida do táxi? Dario já não possuía
nem seu guarda-chuva, tampouco sapatos ou o fiel cachimbo.

Arrastado até a pedra fria jaz Dario.
Sem o paletó, sem a aliança de ouro,
sem os sapatos ou o guarda-chuva, sem o fiel cachimbo.
Os inocentes, definitivamente inocentes, tudo ignoram,
mas a areia é quente, a cerveja está gelada, e há um óleo suave,
que eles passam nas costas, e esquecem.
Apenas os marginalizados, os descalços, deixam um toco de vela para Dario.

Os inocentes do Brasil, que sempre tiveram sua terra
abençoada por Deus e bonita por Natureza sempre se esquecem, inocentemente
Que o Homem é o lobo do Homem
e a chuva cai indiferente aos inocentes do Leblon, de São Paulo ou de Brasília.

domingo, 26 de outubro de 2008

Postagem vazia.

Olá queridos leitores e leitoras.

Sei bem que o blog está meio paradão, feito quarta-feira de cinzas, mas como tudo na vida tem uma razão ( vide os nomes estranhos usados por Eça de Queiros, Machadão e até Cecília Meireles) meu silêncio e minha total falta de criatividade está afetando também a produtividade deste modesto blog.

Sabe-se lá porque nos últimos dias estou acometido de severo desânimo acarretado sabe-se lá Deus porque. E como sou meio avesso a psicólogos, tenho tentado achar a causa-mor dessa papagaiada toda.

Esclarecendo a Ju: sexta precisei viajar mais cedo, acabei matando a aula do Guilherme também. E em tempo: adoro as aulas de literatura, mas aquele datashow tem horas que decide encher o saco...

Voltando ao egocentrismo da minha crise, a coisa tá tão feia que hoje até fiz uma música. E isso definitivamente não é um bom sinal. O Théo que o diga... Pra piorar ainda tem o vestibular na porta e minha mãe piorando tudo. Por que as mães simplesmente não confiam nos filhos uma vez na vida? É sempre aquele desespero de qe tudo vai dar errado, mesmo quanto já se tem tudo planejado.

Anyway. Nada que o chocolate não resolva. E um pouco de vergonha na cara também. Vai passar. Sempre passa.

Ps.: Desculpem meus leitores queridos de fazê-los perder seu prestimoso tempo lendo essas bobagens por nada.

See you, space cowboy!

sábado, 4 de outubro de 2008

Habemus reforma ortographica

Não obstante o povaréu todo semi-analfabeto que habita nosso continental país, os sabichões da ABL resolveram reformar a nossa querida língua-mater. Resumindo: danou-se o treco.

Diiizem eles que é para que todos os países de colonização portuguesa "escrevam" a mesma coisa. Mas isso adianta de que? Eu é que não fico aí entrando numa bicha pra comprar cacetinho na esquina. Saem tremas, desaparecem acentos diferenciais, entram hifens onde não existiam hifens. Porém, vejamos pelo lado bom: imagina só se os caras resolvem incorporar verbetes do internetês e do emês ( linguagem dos EMOs - que na minha sincera e cândida opinião, deveriam morrer todos de forma bem lenta para terem motivo de choro). Seria quase um estupro à mente humana! Ixcrever axim abrev td sem acentu i sem pontuassaum ol regra gramaticau. Assaz triste.

Parafraseando minha avó: já estou muito velho para estas excentricidades. Eles que são brancos que se entendam. Tadinha da minha mãe, que se vê obrigada a reprovar alunos do último ano do ensino médio estadual em Filosofia por erros de língua portuguesa! ( detalhe: os mesmos alunos são aprovados com média 9,0 ou mais na cadeira que nos ensina a ler).

Tudo em nome da globalização e do bom entendimento, dizem eles. Mas até onde sei a língua falada aqui é quase um dialeto, se comparada ao Português original do Tio Camões. Fora isso que atualmente quase todos falam inglês ou mandarim.

Bom mesmo era o tempo em que farmácia era Botica Pharmacêutica e que pêlo era diferente de pelo e que ao pedir um côco tínhamos a certeza de que não receberíamos cocô.

Poeminha medíocre pra ilustrar:

Dois acentos e a conta.

Para Pedro, Pedro para!
Para é pronome e, agora, verbo
E o verbo agora é pronome

Dá-me um coco e não um coco
Daqueles geladinhos e não enroladinhos
Porque de enroladinho basta eu
Que não mais acho toalhas em meu guardarroupa

Não gosto de linguiça,
Mas não dispenso uma boa lingüiça.
Pena que destas já não encontraremos mais.
Parece coisa de extraterrestre, extracurricular.

Para Pedro, com carinho.
Para que tenhas juizo e não mais juízo
Pedro, para!
Toma vergonha na cara.

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Machadão é 100!!!


Eis que ontem e hoje ocorreu no Museu de Arte Murilo Mendes da UFJF o Ciclo Machado de Assis 100 anos. Deveras motivado pela minha querida e estimada professora de Literatura que muito gentilmente prestigia este obscuro blog ( e que não deu as caras pelo museu) fui desvendar os mistérios do Universo Machadiano e suas vertentes.

Porém antes, querido leitor, peço que faças uma indagação íntima: O que demônios um infeliz como eu vai fazer num ciclo de palestras como este? Já lhe respondo. Gosto do tio Machado. O danadinho escrevia bem! E fui!

Assaz pertinentes todos os aspectos levantados durante todo o ciclo. Estudos psicanalíticos sobre as personagens masculinas em "Dom Casmurro", "A Cartomante", "Memórias Póstumas de Brás Cubas" e outros. Típica situação em que um ex-estudante de Astronomia literalmente "viaja". Sorte a minha que minha última namorada era psicóloga e detestava o tio Sigmund (Freud) e estava sempre comparando a psicanálise à terapia cognitivo-comportamental. Menos mal para mim.

Houve também discursos sobre o ciúme nas obras de Machado e sua distinnção em estilos literários. O concenso foi que Machado tem um estilo único e que, na minha parca opinião, é único, exclusivo e que ninguém faz igual. Embora muitas opiniões convergissem no fato em que este estilo já existia há mais de 2000 anos, provindo dos Árabes.

Nem romântico, nem realista/humanista. Machado de Assis é único. Quem lê se apaixona e viaja em seus devaneios, procurando explicações cujas respostas se foram há 100 anos.

Nos resta especular.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

TPM

Pior que mulher de TPM é homem de TPM.

Eu detesto as minhas. Tá certo que homem num sangra todo santo mês ( ainda bem, né?! já basta o exame de próstata depois dos 45...), mas é muito chato esse negócio de "pensar na vida" de vez em quando. Eu por exemplo: essa semana tô numa carência só. Justo eu que estava todo feliz com minha nova fase afetiva.

Não sei se isso acontece com os outros membros da estirpe masculina, mas esse negócio de ficar mais sucetível ( é assim que se escreve???) afetivamente ( seu eu falar que fico "sensível" pega mal) é chato pacas! Ainda mais quando seu espaço amostral cotidiano é extremamente favorável a isso. Trocando em miúdos: a carne é fraca e o produto, embora abundante, é inacessível. E o que está acessível é assim... digamos.... intelectualmente desinteressante e extremamente "exibido".

Tá certo que de vez em quando ( leia-se na maioria das vezes) é bastante conveniente algo desse gênero: não dá stress, não tem crise de ciúmes e não reclama da combinação da sua meia com a cueca. Mas falta aquele quê de cumplicidade. E mulher burra não desce! Não adianta nada ser bonitinha, sexualmente intrigante quando se tem voz de pata e tem-se consciência ativa de que todo mundo olha...

Certo, nem eu entendi o que eu quis dizer agora. Mas acho que foi algo do tipo: "você pode até saber que é gostosa, mas não demonstre isso!".

Uma coisa que eu acho muito legal são as preliminares. Aquele joguinho de sedução que intriga e estimula. Que passa muito próximo do famoso "cú doce" ( desculpe meninas, mas não conheço termo melhor para expressar isso). É aí que o bolo "sola". Geralmente quando o ego é estimulado isso aparece. E eu sou diabético!

Resumindo: eu sei lá o que eu quero da vida agora ( além de passar no vestibular de novo, claro). Preciso de colo feminino ( e brigadeiro, e filme mela-cueca), mas não preciso em definitivo de uma relação formal. Difícil isso até de se entender. Acho que eu preciso mesmo é de um terapeuta... Mas tomei meio que trauma disso.

Fugindo do assunto e comentando o último post, esse negócio de poesia até que dá resultado! O número de comentários subiu 300%. E o melhor: todos femininos! Hohoho!!!

Ps.: Meninas, eu NÃO sou tarado, maníaco do parque ou ninfomaníaco, longe disso. Mas é bom ter presença feminina por aqui. De vez em quando eu tenho medo do Leo e do Luciano! Hehehe!!!

Ah! Antes que eu me esqueça: Ju, se por um acaso divino bem ocasional (daqueles que ocorrem de vez em quando e muito raramente) você passar por aqui de novo, dá um descontinho quanto à construção gramatical dos textos!!! É dureza estudar cálculo, física e astrofísica ( astrofísica é tudo de bom!) durante 5 anos e ao mesmo tempo ter que aturar as pérolas gramaticais do orkut e sair lembrando de alguma regra da língua portuguesa!


Na outra postagem eu termino direitinho. Não consegui bolar um parágrafo legal para concluir esse texto. Se é que pode-se chamar isso de texto...


quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Retórica do Processo Plagiativo

Esta semana, fui usado como cobaia da professora de literaura do cursinho no meio da aula. Ela usou-me como um exemplo de "poeta" que publica uma obra literária que no futuro seria usada como referência de estilos de época.

Deixando o bla bla bla de lado, o poeminha que ela fez e disse que foi de minha autoria ficou muito legal!

Eis que surge o plágio do tal poema. Plágio mais ou menos, né?! Afinal, segundo ela, foi eu quem fez o poema.


Lost

Avião. Uma hora.
Avião. Duas horas.
Aviao. Três horas.

Aeroporto. Quatro horas.
Aeroporto. Cinco horas.
Aeroporto. Seis horas.
Aeroporto. Relaxa e goza.

Avião. Oito horas.
Avião. Nove horas.
Avião... Crash!!!

Ilha? Praia? Jack???
Sayid? Sawyer? Locke???
Kate?! Kate! Kate!!! Kate...
Aeroporto. Treze horas.

Casa. Quatorze horas.
Amigos. Quinze horas
Lost.


P.s.: Caso isso realmente se torne uma obra literária de respeito, os créditos devem ir para a Professora Juliana.

P.s. II: Como foi que ela adivinhou que eu adoro Lost, aviões e que morei nos EUA por um tempo (pequeno, mas um tempo)???

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Retórica do processo criativo.

Se em uma coisa que eu aprendi nessas duas postagens é que se tudo continuar assim, e o Universo realmente estiver se expandindo, confirmando aquela doideira toda do Hubble Deep Field e do Redshift, daqui a pouco eu vou poder usar essa bagaça aqui como definição do vácuo.

Mas até que é bom pra meditar!!! Escurinho, vazio, o silêncio... Dá até eco! Eco... co... co...

Aproveitei isso tudo pra pensar na vida, escrever música deprê, tocar violão e montar o meu kit do Spitfire, que carinhosamente apelidei de saco de varetas. Num é que o treco tá ficando legal???

As fotos aí:


A caixa, pra ter uma idéia de como teria que ficar pronto...




Primeiros cortes...



Meia fuselagem completa...



Profundor...


Leme...





Tudo junto. Já com asas e fuselagem 90% completas.


Dei uma pausa.... vou aproveitar mais o vazio escurinho do blog!


sábado, 26 de julho de 2008

O céu e eu.

Seguindo a lógica do primeiro post, eu nem deveria postar este, porque além do Luciano ninguém falou nada. Mas o Luciano é café-com-leite e eu prefiro ser otimista e dizer que quem cala, consente e por consegüinte eu posso falar qualquer besteira por aqui.

Daí eu pensei depois de tanto que me fizeram a bendita pergunta de porque o céu é azul na maior parte do tempo: Qual deve ser a correlação do efeito de Jeans - não o da roupa, mas o do que faz o céu ser azul sobre o ponto de vista da física ótica, com o fato de que o azul tranquiliza o ambiente?

Sim, porque se isso fosse certo não haveriam guerras no mundo, já que o azul tranquiliza. Ia tudo ficar no maior zen. Caceba! eu tô na maior pilha, os iraquianos tão caindo no pau, os palestinos querem ver os islamitas pelo avesso, ninguém tem grana pra gasolina e a porra do céu tá lá, azulzinho.

E o pior é que tem um bando de zé-mané que pinta a sala de azul pra "tranquiliza o ambiente". Se fosse assim a galera nunca mais bebia coca-cola sem cair na porrada! E o bege? Tava fudido então! Quem sabe o que bege significa??? Pra mim bege é cor de calçola de avó (porque avó nunca usa calcinha, já reparou?). Tadinho do bege... nem pra calcinha serve. Quem acha calcinha bege bonito? Se fosse bonito essas gostosas que aparecem sem calcinha por aí usariam bege porque é "cor da pele". Até nisso o bege se fudeu, virou "cor da pele".

E o que eu tenho a ver com essa história? Eu gosto de banana com mel e linhaça ( num tinha aveia). E detesto bala de anis - que é azul, por sinal.

Palavras sábias do mestre Kuh Shay Xang:
"O céu é azul pra num confundir daltônicos."

P.s.: Segundo a mecânica quantica e o eletromagnetismo o céu é azul pra respeitar os menores níveis de energia de vibração dos átomos e moléculas da atmosfera. A tarde, como o trajeto da luz passa por uma maior camada de atmosfera e partículas, o comprimento de onda reemitido é mais pro lado do vermelho. Por isso, o céu alaranjado do entardecer.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Let's get started

Bem vindos ao novo, remasterizado, remodelado, maior, melhor e mais sexy blog que esta galáxia já viu.

Na verdade esta é uma tentativa de refazer um pouco do que já foi feito anteriormente num blig ( o blog da IG) com enoorme e estrondoso sucesso entre todos os 17 leitores que o frequentavam.

O estilo, assim como a lingüagem, ainda está por ser definido e a idéia original é que os próprios leitores influenciem os rumos desta humilde bagaça sem o menor conteúdo prático.

Todos os temas podem ser abordados desde sexo entre lêmuris até astrofísica galática, passando por um bolo de chocolate com cobertura de brigadeiro. Exigências serão poucas: todos os filhos da puta que vierem aqui falar palavras de baixo calão serão mandados tomar no cú respeitosamente e todo o tipo de viadagem ou outro preconceito não será tolerado.

E o resto é festa!

Palavras sábias do mestre Kuh Shay Xang:
"O que nunca foi começado jamais será termindado."