domingo, 26 de outubro de 2008

Postagem vazia.

Olá queridos leitores e leitoras.

Sei bem que o blog está meio paradão, feito quarta-feira de cinzas, mas como tudo na vida tem uma razão ( vide os nomes estranhos usados por Eça de Queiros, Machadão e até Cecília Meireles) meu silêncio e minha total falta de criatividade está afetando também a produtividade deste modesto blog.

Sabe-se lá porque nos últimos dias estou acometido de severo desânimo acarretado sabe-se lá Deus porque. E como sou meio avesso a psicólogos, tenho tentado achar a causa-mor dessa papagaiada toda.

Esclarecendo a Ju: sexta precisei viajar mais cedo, acabei matando a aula do Guilherme também. E em tempo: adoro as aulas de literatura, mas aquele datashow tem horas que decide encher o saco...

Voltando ao egocentrismo da minha crise, a coisa tá tão feia que hoje até fiz uma música. E isso definitivamente não é um bom sinal. O Théo que o diga... Pra piorar ainda tem o vestibular na porta e minha mãe piorando tudo. Por que as mães simplesmente não confiam nos filhos uma vez na vida? É sempre aquele desespero de qe tudo vai dar errado, mesmo quanto já se tem tudo planejado.

Anyway. Nada que o chocolate não resolva. E um pouco de vergonha na cara também. Vai passar. Sempre passa.

Ps.: Desculpem meus leitores queridos de fazê-los perder seu prestimoso tempo lendo essas bobagens por nada.

See you, space cowboy!

sábado, 4 de outubro de 2008

Habemus reforma ortographica

Não obstante o povaréu todo semi-analfabeto que habita nosso continental país, os sabichões da ABL resolveram reformar a nossa querida língua-mater. Resumindo: danou-se o treco.

Diiizem eles que é para que todos os países de colonização portuguesa "escrevam" a mesma coisa. Mas isso adianta de que? Eu é que não fico aí entrando numa bicha pra comprar cacetinho na esquina. Saem tremas, desaparecem acentos diferenciais, entram hifens onde não existiam hifens. Porém, vejamos pelo lado bom: imagina só se os caras resolvem incorporar verbetes do internetês e do emês ( linguagem dos EMOs - que na minha sincera e cândida opinião, deveriam morrer todos de forma bem lenta para terem motivo de choro). Seria quase um estupro à mente humana! Ixcrever axim abrev td sem acentu i sem pontuassaum ol regra gramaticau. Assaz triste.

Parafraseando minha avó: já estou muito velho para estas excentricidades. Eles que são brancos que se entendam. Tadinha da minha mãe, que se vê obrigada a reprovar alunos do último ano do ensino médio estadual em Filosofia por erros de língua portuguesa! ( detalhe: os mesmos alunos são aprovados com média 9,0 ou mais na cadeira que nos ensina a ler).

Tudo em nome da globalização e do bom entendimento, dizem eles. Mas até onde sei a língua falada aqui é quase um dialeto, se comparada ao Português original do Tio Camões. Fora isso que atualmente quase todos falam inglês ou mandarim.

Bom mesmo era o tempo em que farmácia era Botica Pharmacêutica e que pêlo era diferente de pelo e que ao pedir um côco tínhamos a certeza de que não receberíamos cocô.

Poeminha medíocre pra ilustrar:

Dois acentos e a conta.

Para Pedro, Pedro para!
Para é pronome e, agora, verbo
E o verbo agora é pronome

Dá-me um coco e não um coco
Daqueles geladinhos e não enroladinhos
Porque de enroladinho basta eu
Que não mais acho toalhas em meu guardarroupa

Não gosto de linguiça,
Mas não dispenso uma boa lingüiça.
Pena que destas já não encontraremos mais.
Parece coisa de extraterrestre, extracurricular.

Para Pedro, com carinho.
Para que tenhas juizo e não mais juízo
Pedro, para!
Toma vergonha na cara.