Eis que ontem e hoje ocorreu no Museu de Arte Murilo Mendes da UFJF o Ciclo Machado de Assis 100 anos. Deveras motivado pela minha querida e estimada professora de Literatura que muito gentilmente prestigia este obscuro blog ( e que não deu as caras pelo museu) fui desvendar os mistérios do Universo Machadiano e suas vertentes.
Porém antes, querido leitor, peço que faças uma indagação íntima: O que demônios um infeliz como eu vai fazer num ciclo de palestras como este? Já lhe respondo. Gosto do tio Machado. O danadinho escrevia bem! E fui!
Assaz pertinentes todos os aspectos levantados durante todo o ciclo. Estudos psicanalíticos sobre as personagens masculinas em "Dom Casmurro", "A Cartomante", "Memórias Póstumas de Brás Cubas" e outros. Típica situação em que um ex-estudante de Astronomia literalmente "viaja". Sorte a minha que minha última namorada era psicóloga e detestava o tio Sigmund (Freud) e estava sempre comparando a psicanálise à terapia cognitivo-comportamental. Menos mal para mim.
Houve também discursos sobre o ciúme nas obras de Machado e sua distinnção em estilos literários. O concenso foi que Machado tem um estilo único e que, na minha parca opinião, é único, exclusivo e que ninguém faz igual. Embora muitas opiniões convergissem no fato em que este estilo já existia há mais de 2000 anos, provindo dos Árabes.
Nem romântico, nem realista/humanista. Machado de Assis é único. Quem lê se apaixona e viaja em seus devaneios, procurando explicações cujas respostas se foram há 100 anos.
Nos resta especular.